O PODER DOS AROMAS
"Deus não fez nada por acaso"
22 Falou
mais o Senhor a Moisés, dizendo :
23 Tu pois toma para ti das principais especiarias, da mais pura mirra
quinhentos ciclos e de canela aromática a metade, a saber, duzentos e cinqüenta
ciclos, e de cálamo aromático duzentos e cinqüenta ciclos,
24 E de cássia quinhentos ciclos, segundo o ciclo do santuário, e de azeite de
oliveiras um him.
25 E disto farás o azeite da Santa Unção, o perfume composto segundo a obra do
perfumista; este será o azeite da Santa Unção.
( Êxodo 30,22-25)
É necessário compreender a composição dos aromas dos astros. Estes vapores
conferem forças para que sejam recebidas as dádivas celestes sob o raio dos
astros, na medida que influenciam fortemente o ar e a respiração.
( o mago Francis Barret )
Ó Diana, amável deusa, sei que você está perto de mim, pois reconheci seu doce
aroma.
(Eurípedes).
O Senhor disse a Moisés :
“ Arranja essências aromáticas: resina, âmbar, gálgano, substâncias aromáticas
e incenso em partes iguais. Prepararás um perfume, composto segundo a arte da
perfumaria, bem dosado, puro e santo”.
“ Tomando Maria um frasco de perfume de nardo legítimo, muito caro, ungiu-lhe
os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e a casa ficou toda perfumada
.”
( João 12,3)
“ Aqui ela se banha antes, e a volta de seu corpo caem óleos de fragrância
suave e ambrosíaca. Os ares, perfumados, a brisa calmante conduz através do
Céu, da Terra e de todo o lugar do espaço.
( Homero )
“ Com a fragrância do deus ela despertou, fragrância que ela sentia na
majestade dele. Quando ele chegou perto dela, ela se rejubilou ao ver a beleza
dele. Seu amor passou para seus membros, que a fragrância do deus inundou.”
(inscrição em pirâmide egípcia)
Muito se falou sobre aromas, perfumes, essência, cheiros, poções mágicas na
história da humanidade. Está claro que os aromas influenciam nosso astral. O
sentido de olfato age principalmente no nível subconsciente, os nervos
olfativos estão diretamente ligados com a parte mais primitiva de nosso
cérebro, os sistemas límbicos.
Com o passar das eras, a humanidade na sua maioria, foi deixando os aromas e os
perfumes como um símbolo de sedução e higiene. Nesta volta às antigas tradições
estamos redescobrindo o uso terapêutico dos aromas. Thot considerava o nariz como
o crânio do cérebro, ou rinencéfalo. Os centros cerebrais estão ligados com as
fossas nasais e, portanto com o sentido de olfato. Experiências feitas com
animais feridos no nariz revelaram que eles perdem a capacidade de
discernimento, memória, comendo tudo o que aparece. Crianças com as narinas
obstruídas têm dificuldades para prestar atenção.
Sacerdotes egípcios supervisionavam preparações nos templos, lendo fórmulas e
entoando cânticos, enquanto seus discípulos misturavam os ingredientes.
Queimavam betume para reconhecer em seus pacientes predisposições para
epilepsia. Ao meio-dia, quando o ar tornava-se pesado, devido aos vapores da
terra, queimavam mirra.
Os egípcios inventaram a destilação do vinho e da resina de cedro. Em todo o
Egito os perfumistas tinham um bom funcionamento nasal, que é sinônimo de um
bom equilíbrio psicossomático. Usavam vários componentes para embalsamar entre
eles o manjericão.
E.A. Wallis Budge, ex-encarregado de antiguidades egípcias e assírias do Museu
Britânico, em seu livro “Egyptian Magic”, faz um relato interessante sobre a
descoberta de um papiro com o título de “O Ritual de Embalsamamento”, cuja
parte desse texto segue abaixo :
“ O perfume da Arábia te foi trazido, para tornar perfeito o teu cheiro entre o
cheiro dos deuses. Aqui foram trazidos para ti líquidos que vieram de Rá para
tornar perfeito o teu cheiro no Paço ( julgamento ) . Ó alma olorosa do Grande
Deus, conténs tão suave perfume que o teu rosto jamais mudará ou
perecerá...Teus membros tornar-se-ão jovens na Arábia, e a tua alma aparecerá
sobre teu corpo em Ta-neter ( Terra Divina ).”
Depois disso, o sacerdote devia tomar um vaso de líquido contendo dez perfumes,
e derrama-lo sobre o corpo da cabeça aos pés, duas vezes, tendo o máximo
cuidado para ungir perfeitamente a cabeça. Depois dizia :
“ Osíris, recebeste o perfume que fará os seus membros perfeitos. Recebeste a
fonte e tomaste a forma do grande disco, que se uniu a ti para dar forma
duradoura aos teus membros: unir-te-as a Osíris no Grande Paço. O ungüento foi
a ti para moldar os teus membros e alegrar o teu coração, e tu aparecerás na
forma de Rá; far-te-a forte quando chegares ao firmamento, ao anoitecer, e
espalharás além o teu perfume nas províncias de Aquert... Recebeste o óleo de
cedro em Amentet, e o cedro que veio de Osíris chegou até a ti; ele te livrou
de teus inimigos e te protegeu nas terras. A tua alma iluminou-se sobre os
veneráveis sicômoros. Apelaste para Isis, e Osíris ouviu a tua voz, e Anubís
veio a ti para invocar-te. Recebeste o óleo do pais de Manu que vem do Oriente,
e Rá se ergueu sobre ti nas portas do horizonte, nas sagradas portas de Neit.
Foste para lá a tua alma, está no Céu Superior; e o teu corpo no Céu
Inferior... Ó Osíris, que o Olho de Hórus faça com que o Maná dele chegue até a
ti em teu coração, para sempre !”
Magos como Paracelso, Eliphas Levi, Dion Fortune, Aleister Crowley deixaram
registros escritos de diversos trabalhos com o uso mágico e ritual dos perfumes
como elemento chave. As relações mágicas dos perfumes e estados de consciência
foram extraídas dos antigos egípcios, dos alquimistas árabes, cerimônias
gregas, hindus, budistas, xamãs e doutrinas de várias culturas. Pesquisas em
neuroanatomia mostram que os aromas acessam diretamente a região emocional do
cérebro e a memória. Os aromas evocam imagens visuais seguidas de padrões
somáticos, quando sentimos um determinado aroma, mesmo anos após, fazemos
associações que nos permite ligar o corpo e a mente de maneira única.
Alguns aromas são tão animadores que sua essência divina nos transporta para
outros estados de consciência, ao êxtase.
No cristianismo também podemos observar a importância dos aromas, o Menino
Jesus, recebeu dos magos do Oriente, incenso e mirra. A Bíblia registra
diversas passagens sobre a utilização de aromas.
Na China eram utilizados há mais de dois mil anos. Provavelmente a Índia seja o
único lugar do mundo em que a tradição dos aromas nunca morreu.
No mundo ocidental o registro mais antigo do uso de aromas remonta o século
XIII, em terras inglesas, e desde essa época vem se estudando o desenvolvimento
dos aromas através de óleos essenciais.
fontes e image; google, estudos/ http://somostodosum.ig.com.br/testes/aroma/aroma.asp/